Ler e Escrever o Mundo

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terça-feira, 2 de agosto de 2011

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

É importante contextualizar as políticas públicas em relação a modalidade da Educação de Jovens e Adultos, referente as questões econômicas , sociais e culturais, para compreender, conhecer e redimensionar a educação brasileira. Nesse sentido e por meio de uma linha de tempo, estaremos relatando as mudanças que ocorreram na EJA no decorrer da História da Educação Brasileira.
Década de 20- Com o advento da industrialização e urbanização Brasileira ouve a necessidade de qualificação mínima da força de trabalho para o bom desempenho nos projetos nacionais de desenvolvimento.
No decorrer da História da Modalidade EJA, várias tendências definem as perspectivas: até os anos 40 foi considerada uma extensão formal; nos anos 50 é vista como educação de base. Sendo que, nos anos 60, como educação libertadora, conscientizadora, bem como funcional, preparando mão de obra produtiva. No ano de 1967 foi nomeado por MOBRAL. Sendo que no ano 1971 ocorreu a implantação do ensino supletivo, definido na LDBEN Nº 5692/71.
Contudo, a EJA durante muito tempo foi tratada como uma enfermidade, sendo realizadas várias campanhas para a erradicação do analfabetismo. Também vista como suplência, e oferecida para aqueles que tardiamente vinham para a escola.
Cabe lembrar que, a partir do ano de 1985, as mudanças de concepções ocorreram devido a redemocratização das relações sociais e políticas na sociedade brasileira.
A Pedagogia histórico crítica se insere na tentativa de reverter o quadro de exclusão. De acordo com Paulo Freire: " Não há diálogo verdadeiro se não há nos sujeitos um pensar verdadeiro. Pensar crítico. Pensar que, não aceitando a dicotomia mundo/ homem , reconhece entre eles uma inquebrantável solidariedade. É pensar que percebe a realidade como processo que se capta em constante devenir e não como algo estático."
A Lei de Diretrizes e Bases reafirma o direito aos Jovens e Adultos ao ensino básico, e esta a ser vista como uma modalidade de ensino com características próprias. As práticas pedagógicas devem adequar-se as necessidades e características dos Jovens e Adultos que envolvem materiais, procedimentos, metodologias e conteúdos apropriados à aprendizagem da tipologia destes alunos.
Os movimentos sociais, as organizações não governamentais, as universidades geram mudanças na educação de jovens e adultos através de projetos, programas e propostas que rompem com a padronização da exclusão, culminando nas diretrizes do parecer CEB Nº11/2000, bem como no plano nacional de educação-PNE.
Atualmente o CEE através da resolução nº313/2011, consolida normas relativamente à oferta da educação de jovens e adultos-EJA, no sistema estadual de ensino, e dá outras providências em consonância com as diretrizes nacionais fixadas nas resoluções CNE nº3/2010 e nº 7/2010.http://portal.mec.gov.br